(21.07.10) 
 
Conforme já havia citado em outro texto, participei do FONATE (Fórum Nacional de Trainees, Empreendedores e Estagiários), em Gramado-RS, e tive a oportunidade de participar de um Workshop sobre Geração Y ministrado pelo Arthut Diniz, fundador da Crescimentum.

Essa semana, em uma conversa com as outras meninas do blog, acabei pensando em uma coisa: será que nós, jovens, quando formos líderes, seremos como desejamos que nossos gestores atuais sejam? Questiono isso pois o Arthur Diniz, em seu discurso, trouxe uma frase que achei interessante citar aqui no blog:


"O líder do futuro deve tornar-se cada vez menos necessário":
delegar mais, treinar pessoas e formar sucessores.


É o que nós jovens esperamos de nossos gestores e chefes, certo? Queremos ser treinados, incentivados, queremos que nos deleguem tarefas importantes e significativas para a empresa. Queremos ser responsáveis por resultados e pelos sucessos, e, principalmente, queremos ser reconhecidos por isso. É uma característica que vejo em quase todos os jovens: a necessidade de reconhecimento por parte dos outros. No âmbito profissional, queremos o reconhecimento do chefe, do diretor e do dono da empresa. Mas e quando formos nós os líderes? Seremos capazes de nos tornar desnecessários? Seremos capazes de delegar tarefas importantes e significativas para a empresa aos novos profissionais? Não nos sentiremos obsoletos e teremos "medo" da nova geração que estará entrando no mercado de trabalho?

Nós, jovens, temos essa característica de pensar no agora. Pensamos no futuro, sim: na aposentadoria, nos investimentos a longo prazo, etc. Mas, profissionalmente, não pensamos que passaremos pela mesma situação que os Baby Boomers estão passando agora, de se sentirem ameaçados por uma geração totalmente diferente.

Desejamos tanto o "poder" que esquecemos de pensar em que tipo de líderes seremos. Tenho receio que estejamos a caminho de sermos como os líderes que tanto criticamos. Quando finalmente tivermos tudo ao nosso alcance, talvez a nossa sede pelo sucesso nos impeça de delegar tarefas e passar o que aprendemos aos mais novos.

Talvez eu esteja equivocada neste meu pensamento, mas acredito que é interessante começarmos a pensar nisso agora, para que, quando finalmente alcançarmos um posto de liderança, possamos colocar em prática as atitudes que tanto desejamos que nossos gestores tenham conosco.

Texto de Mari Medeiros

6 comentários

  1. Manuela Mesquita // 21 de julho de 2010 às 12:01  

    Olá Mari,
    Parabéns pelo texto! Acho que esse é um questionamento que precisamos nos fazer, até para entender um pouco da postura dos líderes atuais.
    Sempre me pergunto se, como líder, faço o que desejo que meu líder faça. Claro que acho que nosso próprio comportamento e criação já levam a uma postura diferente, mas algumas coisas são realmente difíceis de serem mudadas.
    Bem, trabalho na Comunicação do Grupo Foco e gostaria muito de reproduzir seu texto, com as devidas referências, no nosso blog que discute gerações: www.focoemgeracoes.com.br. Você autoriza?
    Muito obrigada!
    Um abraço
    Manuela Mesquita

  2. Marianne // 21 de julho de 2010 às 12:07  

    Oi Manuela,

    Obrigada pela visita e pelas colocações! Penso como você e acho que devemos sempre avaliar se estamos agindo com os outros como gostaríamos que agissem conosco. Não só para liderança, mas para qualquer situação na nossa vida.

    Eu ficaria muito feliz em ver um texto meu publicado no Foco em Gerações! Com certeza você pode reproduzí-lo lá! :)

    Um abraço!

    Mari

  3. Mariana // 21 de julho de 2010 às 14:21  

    Olá xará! rs
    Sempre sigo o blog de vocês e me peguei pensando nisso ainda ontem, quando tivemos uma reunião aqui na empresa e saí super demotivada por não me delegarem mais tarefas importantes ou não reconhecerem o que venho desenvolvendo. E cheguei a mesma conclusão... Será que é medo do supervisor? Será que eu serei assim? Se a geração Y esta nascendo agora, podemos educá-la (educarmos) pra não cometer esse mesmos erro... pois como diria minha avó, é de pequeno que se torce o pepino né?! rs

  4. Marianne // 22 de julho de 2010 às 13:40  

    Oi Mari xará! Hehehe..

    Eu acho que os gestores tem um pouco de medo da nossa geração mesmo.. Deve ser assustador para eles ver os 'jovenzinhos' chegando no mercado com uma sede enorme, cheios de conhecimentos diferentes e tão dinâmicos e motivados.. E acho que nós nos sentiríamos da mesma forma, né? Pelo menos eu penso que sim, pois não é fácil sair da nossa zona de conforto e aceitar que podemos ser substituídos, ou que temos que nos atualizar pra manter o ritmo dos novos profissionais..

    Acho que é importante que a gente entenda o lado dessa geração, mas ao mesmo tempo que a gente tente se educar desde já pra não cometermos os mesmos erros. Mas eu acho que, da mesma forma que as gerações mais antigas precisam ter uma mudança de pensamento enorme, a nossa geração também precisa ter um pouco mais de calma e compreender o medo dos mais velhos. Temos que questionar, sim, mas de forma respeitosa e que agregue, sempre!

    Obrigada pela visita e esperamos te ver outras vezes por aqui!

    Um beijo,

    Mari

  5. Manuela Mesquita // 26 de julho de 2010 às 12:24  

    OI Mari,
    Postamos seu texto! Veja em http://migre.me/102iV
    Muito obrigada pela contribuição e quando quiser escrever para nós, falando algo sobre gerações, será um prazer receber um post.
    Estamos em busca de novos colaboradores, me avise se interessar!
    Um abraço,
    Manuela

  6. Marianne // 29 de julho de 2010 às 16:03  

    Oi Manuela,

    Tudo bem?

    Desculpe e demora pra responder seu comentários, mas estive viajando nos últimos dias.

    Com certeza tenho interesse de contribuir com textos sobre gerações. Como posso fazer para fazer parte?

    Aguardo seu contato!

    Um abraço,

    Marianne