(03.03.10)

COMUNICANDO: Categoria para apresentar artigos sobre carreira, geração Y, mercado de trabalho, perfil profissional, entre outros. Estes artigos poderão ser tanto de nossa autoria quanto de outros profissionais e/ou sites.


O mercado está mudando, isso é fato. Os jovens da chamada Geração Y começaram a entrar nas empresas e suas características tão marcantes tornaram-se fator fundamental para modificar as estruturas organizacionais. Entretanto, o jovem não deve esquecer que a sua entrada não significa a saída de gerações anteriores do mercado, e que ele deve se acostumar a trabalhar e conviver diariamente com pessoas diferentes.

No "manual" da Geração Y que vai se espalhando por aí, fomos classificados com muitos defeitos e qualidades. E são os defeitos que ficam em maior evidência. Nós, jovens dessa  geração, somos insubordinados, egoístas e prepotentes. Não respeitamos hierarquia, somos impacientes, queremos tudo muito rápido. Confesso que não gosto da generalização com que somos rotulados, mas sei que muitas características realmente existem - com maior ou menor intensidade, dependendo da forma como fomos educados em casa, na escola e na faculdade.

E como adaptar essas características ao mercado de trabalho? Conforme entramos nas empresas, nos deparamos com pessoas de gerações diferentes. Nós, que nos acostumamos a trabalhar em equipe na faculdade, com pessoas da nossa idade, com pensamentos similares, de repente precisamos conviver com chefes, supervisores e colegas com conceitos e hábitos diferentes.

O choque de gerações pode ser grande, mas se estivermos dispostos, podemos torná-lo menos traumático. A nossa geração é a primeira que está sendo tão intensamente estudada, rotulada, criticada e desejada pelas empresas. Com isso, nós mesmos estamos nos conhecendo um pouco melhor, podemos nos autocriticar e avaliar de que forma podemos facilitar essa convivência que tende a ser tão difícil.

Não devemos esquecer que todos possuem particularidades. Não basta entender a geração à qual uma pessoa faz parte, é preciso entender a própria pessoa. Nem todos da geração Y são insubordinados e querem somente ascenção rápida e dinheiro, assim como nem todos da geração dos Baby Boomers são atrasados digitalmente e não conseguem aprender sobre novas tecnologias.

Se soubermos conviver e, principalmente, respeitar as diferenças entre gerações, podemos criar um ambiente onde a troca de informações e conhecimento torna-se um grande aliado à empresa. Afinal, gerações à parte, todos temos muito a aprender, mas também temos muito a acrescentar, não é mesmo?

Texto de Mari Medeiros

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