(31.03.10)

Ao ler e reler aquele texto, que trazia não só a opinião do autor mas também dados de uma pesquisa, fiquei pensando em como chegaram àquela conclusão e àqueles números. Porque, para mim, isso não faz sentido. Os jovens da geração Y que eu conheço são muito dedicados aos seus trabalhos. Trabalham com vontade, sempre buscando melhorar e inovar em seus cargos. Alguns até encontram dificuldade em deixar o trabalho para trás quando vão para a casa. Além disso, um dos rótulos mais citados sobre a geração Y é a pressa de crescer dentro das organizações. E como alcançariam isso sem trabalhar muito?
Talvez o que faltou ser descrito naquele texto é que, para a geração Y, a dedicação tem que valer a pena. O trabalho duro deve ser "compensado". Seja através de um bom salário, de um programa de carreira, de bônus financeiros, de satisfação pessoal por fazer parte daquela organização ou até mesmo através da simples valorização por parte do gestor. Qual dessas "recompensas" é suficiente para a geração Y varia de um profissional para outro. Mas, existindo uma delas, acredito que a dedicação e o trabalho duro surgem naturalmente.
A parte mais preocupante disso tudo é a possibilidade das outras gerações realmente ficarem com essa imagem sobre nós: uma geração preguiçosa, sem vontade de trabalhar. Mas acredito que quando os profissionais que possam ter esse preconceito entrarem em contato com a geração Y em um ambiente de trabalho, esta imagem seja desfeita. É o que toda a geração Y espera.
Texto de Tati Abrão